Um dia após Saramago
que é que mudou?
quase nada ficou mudado,
só o peso da cruz ficou!
E só porque um se crucificou
querem-nos a todos crucificados!
Arrastam-e, por aí, com vestes,
com iluminuras como ex-libris de sabedoria,
com elas sabem reinar sobre pobres criaturas,
com sua eterna e farisaica hipocrisia!
Um dia após Saramago
quase nada está mudado!
Criticar?
Ai credo!
É pecado e logo se é crucificado!
Tu sabes, Saramago!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar
Amor,
quando arpoas meu olhar
e o iças a bordo do teu querer
não gopeies seu coração,
come-o inteiro,
para que dentro de ti possa bater
e tenha a ilusão de que tu és seu mar
onde melhor sabe nadar!
Amor,
quando por ti arpoado
é quando melhor nado!
Saramago partiu
Partiu pena de finura
Na literatura portuguesa,
Levantada do chão
Ganhou mais altura e beleza
Viveu para nos dessassogar,
Contestado na sua terra natal,
Mais reconhecido por estranhos
E por eles subiu ao pedestal!
Há sempre velhos do Restelo
Que querem rasgar velas
A quem navega por Portugal!
Zarpou para viagem eterna
Mas seu poder da mente
E seu pensar profundo
Ficaram em presença terrena,
Em Portugal, no Mundo,
Eternamente.
Os velhos do Restelo continuarão a carpir
Enquanto Saramago ao Mundo
Dá novos mundo de sentir!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Se como mato a fome.
Se bebo mato a sede
Mas,
se comendo e bebendo
obtenho satisfação,
até hoje não estou sabendo
onde encontrar inspiração.
E se pago para comer,
se pago para beber,
até estaria disposto a pagar
para poesia fazer.
Inspiração,
de graça,
não sei onde a encontrar!
Mesmo quando encontro meu amor
e vejo inspiração no seu olhar
logo pago com beijos
que tenho de dar!
Inspiração
de graça,
onde a encontrar?
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Autor: Silvino Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
« em: Hoje às 10:51:45 » | Citar Modificar |
Se o mundo ler este poema
Portugal
Se te mostrarem este poema,
A ti chegará a lembrança
De em ti residir a esperança
Duma grande nação pequena.
Se em África, onde estás,
Mostrares do que és capaz,
Nós ficaremos contentes
Pelo bem que isso nos faz!
Mostra, no negro continente,
Que a jogar bola somos gente
Como fomos na navegação.
Se o mundo ler este poema,
Verá o querer duma nação;
De Portugal ser campeão!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Os homens são tão crentes,
tão crentes que o são!
que até crêem ser videntes
dum deus ou ilusão!
É neste levantar e cair,
neste sofrer e curar,
neste chorar e rir,
a que chamam vida levar!
o Homem nasce pequenino,
com dias vai crescendo,
e quando se julga grandinho
torna a pequenino; encolhendo!
Doem-me muito os ombros
do fardo que carrego,
na vida com ele aos tombos
e a cada passo escorrego!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
« em: Hoje às 11:15:20 » | Citar Modificar |
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