Domingo, 25 de Julho de 2010
Entre a poesia e a pintura
Há que reflectir:
Qual delas a melhor via
Para, na área da cultura,
O Homem, com arte
Melhor se exprimir?
O pintor usa e mistura cores,
Com elas, com seus traços,
Faz desenhos,
Pinturas,
Retratos,
Paisagens de alto relevo,
Pinta mulheres com belos regaços
Ou estranhas criaturas
Que preenchem do pintor seu ego
E dele são iluminuras,
Porém, um poeta,
Só com uma pena,
Duma só cor,
Num poema exprime toda a dor,
Toda a alegria,
Toda a fantasia
E todo o colorido do amor,
Mas,
Como num conto de fadas,
Seria bom que a Poesia e a Pintura
Andassem de mãos dadas
E pela música encantadas.
.............xxxxxxxxxxx...............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá Buraque)
Sócio da SPA nº 15727
Gondomar
Sábado, 24 de Julho de 2010
2010/05/12
Pede-se à poesiaQue se busque a beleza
Na fraqueza
Da naturezaHumana
Todavia
Perante tamanha violênciaTanta guerraTanta sangria
Tanta dor
Perante tamanha corrupçãoTanto desemprego
Tanta falência
Tanta fraude
A poesia sente-se derrotadaCondenada
ForçadaÀ rendição
Sem aconchego
Sem alento
Sem motivação
Para cantar o bem e o amor..
Figas de saint pierre de lá buráque e mulher lua, a quatro mãos
A noite,
Engravidada pela escuridão,
Dilata pela noite fora,
Vai parecendo uma bola,
Depois,
Uma gota de orvalho liberta suas águas,
Nasce uma bela aurora!
Qual o seu nome?
Esperança!
............xxxxxxxxxxx.................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Sábado, 17 de Julho de 2010
Galatéa de las Esferas, Salvador Dali, 1952
.
.
Tragam-me palavras
Daquelas
Com que se pintam paisagens
Daquelas
Com que se pintam retratos
.
Um poeta precisa de tintas
E telas
Para desenhar
E pintar
Traços nelas
.
Onde encontrar palavras
Com colorações
Para retratar
Os olhos verdes do meu amor?
.
Onde encontrar palavras
A três dimensões
Para distinguir
A ligeireza da profundidade?
.
Que palavras realçam emoções?
Quais as que exalam perfume?
Com quais pintar mares azuis?
.
Tragam-me palavras
Que preciso delas
Urgentemente
Para fazer um poema
Uma obra de arte
Que se destaque
.
Tragam-me palavras
De pintura e escultura diferente
Inacessíveis a qualquer exposição
Incapazes de ficarem dependuradas
Ali, numa parede, à mercê de qualquer um
.
Tragam-me palavras que fiquem
Somente
Cravadas no peito do meu amor
Guardadas no seu coração
.
Por favor
Tragam-me palavras
.
.
Figas de saint pierre de lá buráque, (com retoques de Luarafricano)Gondomar
Quinta-feira, 15 de Julho de 2010
Tomar banho na frescura do teu olhar
Olho o mar;
o horizonte e as ondas,
umas sobre outras a rolar vejo,
e tu,
ali, defronte!
em mim sinto o enrolar do desejo
de em ti me espraiar!
as ondas continuam a praia a beijar,
sinto calor,
levanto-me
e procuro tomar banho
na frescura do teu olhar,
que fazem ondas
no mar do meu desejar!
..............xxxxxxxxxxx....................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Segunda-feira, 12 de Julho de 2010
No sereno cair de tarde
Deixo cair meu querer,
O sol da manhã já não arde
E em mim o arrefecer!
No meu mar de traquilidade
Só quero fases de luas novas
Só quero um mar de suavidade
Com marés de novas trovas
No leito macio da minha cama
Só quero ondas na superfície,
Feitas por ventos de quem me ama
E como sereia me enfeitice.
É nesta languidez de meu querer,
Nesta plácida serenidade,
Que fico quieto, sem me mexer
Ou com amor em tempestade!
...............xxxxxxxxx....................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Levam mentiras para os palácios,
Roubam do povo cores do arco-íris,
Nos livros escrevem prefácios
Que tornam negro este país
Vivem de exauridos tesouros,
Rapam do povo todos os cobres,
Atribuem-se comendas d’ouro
Por aumentarem os pobres!
Ai esta desgraçada sorte,
Deste país,
Deste povo,
Que vive sem rumo,
Sem norte,
E que dele,
Nos palácios fazem um bobo!
Quando é que o povo
Deixa de ser bobo
E aprende a varrer
E a limpar
Para que sobre os seus palácios
Arcos-íris possam pairar?
É azul o céu do meu país,
E seu povo um povo nobre,
Haja quem o saiba fazer feliz
E não dele faça um pobre
E que de norte a sul
Deste país,
Do nosso Portugal,
Predomine o céu azul
E as cores do arco-íris!
Desejei escolher boca
que havia de beijar
entre as muitas que havia
com o mesmo desejar,
todavia,
só desejo não bastava
antes foi preciso vontade de amar
e quem tal deseja tem de o demonstrar.
Eu tive sorte,
já tenho boca que a minha beija
e também meu coração!
Eu tenho a certeza
de que com minha boca,
com a mesma boca,
como amor e como pão!
...............xxxxxxxxxxxx..............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Como para pintar paisagens,
como para pintar retratos,
um poeta precisa de tintas
e telas,
para desenhar e pintar traços nelas,
mas,
com que palavras pintar mares azúis?
Onde encontrar palavras
para desenhar olhos verdes do meu amor?
Onde encontrar palavras,
com três dimensões,
para realçar emoções e profundidade?
Quais as palavras com perfume?
Delas preciso,
urgentemente,
para fazer um poema,
que seja obra de arte,
que se destaque,
mas da pintura e escultura diferente,
que não vá a qualquer exposição
nem fique dependurada numa parede,
mas sim apenas guardado
no peito do meu amor,
no seu coração.
Tragam-me palavras.
.............xxxxxxxxxxx...............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Sábado, 10 de Julho de 2010
Novas trovas.
No sereno cair de tarde
Deixo cair meu querer,
O sol da manhã já não arde
E em mim o arrefecer!
No meu mar de traquilidade
Só quero fases de luas novas
Só quero um mar de suavidade
Com marés de novas trovas
No leito macio da minha cama
Só quero ondas na superfície,
Feitas por ventos de quem me ama
E como sereia me enfeitice.
É nesta languidez de meu querer,
Nesta plácida serenidade,
Que fico quieto, sem me mexer
Ou com amor em tempestade!
...............xxxxxxxxx....................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque