A amizade é rio, que corre dentro de nós, de desvio em desvio tem em nós sua foz, e nos sóis que nasceram e nos ainda por vir, em todos que vierem tem sol no sorrir! A amizade é um rio, que corre dentro de nós, e em cada ano, que por nós passa, vai fazendo um oceano com a amizade dos amigos que no-la dão, ....de graça! A amizade é rio que corre dentro de nós, e de desvio em desvio num amigo tem sua foz! ...........xxxxxxx............ Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo figas de saint pierre de lá-buraque Gondomar |
Pradaria das expectativas
Noite;
Tela onde projetamos nossos filmes diários,
Que cavalgam nas auroras da esperança
Em galope, como o vento,
Até à pradaria das expetativas,
Onde os cavalaieros se apeam
E esperam vê-las realizadas,
Mas,
Eis que chegou o sherife
Que prendeu e enforcou as frustradas!
O realizador do filme anda a monte!
A tela ficou só, vazia,
Só noite!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
20/02/2011
Foi aqui;
maternidade de calos,
que nasceram,
que aqui se criaram,
até que do ninho saíram,
voaram!
Foi com estes,
Irmãos d’outros,
Que me carregaram sobre o chão
E me levaram pelo mundo a turistar,
Como outros, seus irmãos,
Me tinham levado a namorar
E a trabalhar!
Foram estes, como outros,
Que comigo ficaram cambados
E pelo dono pouco engraxados!
Mas,
Aos meus sapatos,
A todos, já gastos,
Chegou a hora
De mostrar minha gratidão,
Por me terem conservado
Sempre agarrados ao chão,
Enquanto que minha cabeça,
Sempre no ar,
Nunca os deixou andar de rastos!
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Figas de saint pierre de lá-buraque
Gondomar
Vem cá, amor,
quero falar-te duma coisa doce,
como chocolate,
que até a ti me trouxe!
Deixa-me olhar bem para ti.
Deixa-me encostar-me a ti.
Deixa-me beijar-te,
afagar-te,.
apertar-te.
Sabes, amor,
amar é uma arte!
Dizem que também é um impulso,
mas eu quero de ti fazer obra prima,
ser dela escultor,
e no final,
como milagre,
que todos vejam
que és a deusa do amor!
Quero ser teu vaso.
Quero que sejas minha flor!
Vem cá, amor,
quero falar-te duma coisa doce,
como chocolate,
que até a ti me trouxe!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Foi num claro dia,
Meu olhar bateu no teu,
Nesse momento houve poesia,
Um no outro poema leu!
Foram leituras doces, caladas,
Com hesitação no interpretar,
Mais tarde, com mãos dadas,
Sabíamos, de cor,
Como os recitar!
E, em todos os dias seguintes,
Acrescentávamos estrofes e fonemas
Com melhores rimas e mais requintes
Quando, finalmente, juntámos as penas,
Fizemos dos outros ouvintes
Dos nossos doces poemas
11/05/04
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Entre a serra e o céu
só há o alcance do olhar,
que nunca ninguém o mediu
nem o conseguiu contar!
Entre a serra e o céu
só há montes de imaginação,
entre eles, na minha, digo eu,
há o da nossa "salvação"!
Entre a serra e o céu
há mundos por descobrir
e se lá alguém vive ou viveu.
Mas,
é neste desejo profundo
de descobrir mundos dos outros
que ignoramos nosso mundo!
Se ligássemos menos ao céu,
mas mais às misérias da serra,
então, na minha imaginação,
digo eu,
o céu desceria à Terra!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
O Porto está perdendo gente,
Dele muitos sairam,
O Porto está perdendo o Oriente
Que outros construíram!
Ruas e ruas desertas!
Lojas e lojas fechadas
E pedras já não despertas
Pelo trabalho nas madrugadas!
Aonde vai a Alma do Porto?;
Alma nobre de Portugal!
Sem alma é corpo morto,
Sem vida é mortal!
O Porto será vazio
Se o povo nele não entrar,
Será túmulo de granito frio
Se povo a ele não voltar!
O Porto está ficando velho,
Precisa dum Porto novo.
Aqui vai meu conselho:
Dêem o Porto ao Povo.
Abram o rio
Abram o mar
Deixem o Povo nele morar.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Que me coube em sorte,
Que me permite a vida
E que me garante a morte!
Ele é eterno,
Mas gostaria eu de saber
Porque me fez tão pequeno
E ainda ter de agradecer!
Quando minha vida acabar,
Alguém,
Que por mim lhe queira rezar,
Tem não sei quanto de pagar
Para eu entrar em celestial jardim!
Ai este meu Deus!
É sorte ter um deus assim?
Chiça!
Este meu deus eterno,
Que me fez pequeno,
Que é de mim é amo,
Quer que eu contribua
Para a riqueza da mesa
E da papa do Papa
E do Vaticano!
Porém, mistério divino:
É que eu, sendo tão pequenino,
Só vejo pobreza na sua grandeza!
Ai este meu deus,
Que me coube em sorte,
Que fez a maioria de pequenos,
Que vivem na miséria, na doença,
E tem a pobreza por sorte!
É sorte ter um deus assim?
Um deus,
Que gosta e vive de muita missa?
Chiça!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo- Gondomar
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
De Portugal ter lindo céu azul
No seu rumo a sul,
Mas viver no cinzento da desgraça;
Com mando mui bolorento
A navegar num tormento!
Vem aí o tempo de eleições;
Tempo de arrumar escolhos,
De tomar novas decisões
E de abrir bem os olhos.
Não fecheis os olhos
Ao tempo que passa.
Abram bem os olhos,
Varramos do céu azul
O cinzento que nele grassa..
Cada português,
Com sua pequena vassoura,
Por si e por sua vez,
Exploda, com seu voto,
A revolta que em si estoura!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL
. Costa: