FUNDIÇÃO DO AMOR
Muitas gotas d’àgua fazem chuva,
muitos grãos d’areia são desertos,
abraços e beijos fazem amores,
que ficam muito mais perto!
O amor tudo amarra,
quem o tem fica amarrado,
é navio, que não sai da barra,
que navega mesmo parado!
Amor é orvalho da manhã,
são raios do luar,
são beijos que o amor nos dá
de manhã até ao deitar!
O amor guia nossos passos,
para satisfazer de desejos,
de a alguém dar muitos beijos
e cair nos seus braços!
Mas o amor,
o amor real,
o perdido, o fatal,
o de doces gritos e ais,
é quando dois amores se unem
e se fundem, com amor,
em muitos mais!
Autor: Silvino Figueiredo
(o figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Etiquetas: SILVINO FIGUEIREDO (O Figas)
A ternura dum abraço,
quando noutro abraço cai,
é um passo para um laço
donde apertado se sai!
Um abraço é laço de ternura,
de saudades ou de amores,
p’lo tempo que um abraço dura
mede-se alegrias e dores!
Por vezes, ternuras de abraços
abraçam doridos ombros;
- curvados por dores sentidas-
ajudando a compor escombros
de vidas, -desfeitas em pedaços -
para reconstruir as perdidas!
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Autor: Silvino Figueiredo
Terça-feira, 19 de Abril de 2011
O FMI NÃO QUER SER CRAVADO
O FMI NÃO QUER SER CRAVADO
Quem ajudou a combater mouros
Um condado herdou,
Seu filho, para conquistar Lisboa,
Teve ajuda de cruzados,
Foi tudo à espadeirada
Para a monarquia ser alargada, mais para sul e ter mais céu azul!
Mas, para manter a independência,
Já em Aljubarrota,
Vieram ingleses, em sua frota,
Ajudar-nos a ser portugueses,
Não espanhóis,
E os mesmos ingleses,
No tempo de Napoleão
Tornaram a segurar a nação,
Ficou reino mais seguro
E eles garantiram bebedeiras do maduro
Deste país , que já por mares se tinha estendido E enriquecido, Não com
trigo nem indústria, Mas com a riqueza das especiarias, Do açucar, do café e
do cacau!
Com o ouro da mina,
Os reis não desenvolveram o o País,
Mas fizeram Batalhas,
Jerónimos e Mafras em cada esquina!
Nossos reis foram sempre gastadores,
Da pompa imitadores,
E mesmo após a República
Continuou a mesma farra,
Sem ninguém saber tocar guitarra!
Quem o sabia era um ditador,
Mas com 40 anos no poder sentado,
com o todo o poder em sua maão
Dizendo que Angola era nossa,
Deu com as costas no sobrado,
a Bem da Nação!
Veio o 25 de Abril,
Portugal pensou que era do baril,
Mais tarde até bué de fixe,
Nos jardins havia cravos
Que foram as balas dos soldados
E houve alegria e farra à grande e à francesa, As couves vinham de Bruxelas
O trabalho que se lixasse!
Havia sempre quem pagasse
Ou subsidiasse!
Foi então que, um dia,
Portugal descobriu
Que havia um senhor; o FMI,
Que foi chamado aqui,
Para nos dar uma mãozinha,
Para nos endireitar as costelas,
Mas teve que vir outra vez,
Porque os Portugueses
Estavam outra vez nas lonas
E outra vez com mazelas,
Que não passavam só com azeitonas!
Agora novamente,
Pela terceira vez,
O FMI está aqui!
Desta vez nem se festeja o 25 de Abril,
Porque, haver cravos há,
Mas o FMI, dinheiro para cravos não dá,
Não querem ser cravados!
Mas para uma Revolução
Já nem há soldados,
A maioria está na reserva
Com recibos verdes, na mão,
Que com eles fazem balas de papel,
Porque para balas a sério não ganham,
Nem para pão!
Mas, para princípio duma guerra,
Para começar,
Pode-se mandar o FMI à merda.
O que é preciso é inventar novas palavras, Novos gritos, Novas atitudes,
Para defender a nossa terra, O nosso mar!
Sim, nós somos os heróis do mar,
Heróis do dever!
Heróis no pagar!
Heróis de andar de pé!
Mas não no rastejar!
Se preciso for,
Todos, mas mesmo todos,
Desta vez cada português divide uma sardinha por três!
Depois que se lixe!
Que fechem todos os ginásios
E ficaremos todos na linha!
Desde que haja um sardinha
Para cada português dividir por três!
Portugal voltará a ser bué de fixe!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (o figas de saint piere de
lá-buraque)
16/04/2011
UNIÃO DE MENTES
Antes, um rio, nada mais,
para a sua travessia só havia
barcos e seus arrais,
que Porto e Gaia unia,
depois veio a ponte de barcas,
que das margens faziam osmoses
em travessias parcas,
até que veio a ponte pênsil
e o ferro se ligou à pedra da cidade,
Gaia e Porto com ligações mais á vontade.
Mais tarde,
para travessias de ferrovias e passagens reais,
vieram as pontes de D. Maria,
D. Luís e outras mais: Arrábida, Freixo e Infante.
Agora, para atravessar o Rio Douro,
nada é como dantes,
não há nada que impeça,
só é pena que alguém,
que apesar de muitas pontes,
e por causa da mente que tem,
a margem não atravessa..
Por causa disso,
e por outras coisas mais,
é que a Área Metropolitana não cresce,
e, embora já não havendo Ponte das Barcas,
ainda abundam maus arrais.
Seria bom que as pontes,
além de unirem gentes,
unissem separadas mentes.
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Autor: Silvino Figueiredo
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Ao ver a cascata d’água… a cair,
lembrei-me, amor,
da cascata do teu rir!
Água mole,
em pedra dura,
tanto dá até que fura!
Ao ver a cascata d’água a … cair,
lembrei-me que,
para chegar a ti,
tenho de a subir!
Depois, os dois,
certamente,
em cascata d’ amor,
nos deixaremos,
com fragor,
cair na corrente,
até a um rio,
até a um mar d’amor,
mas, para isso,
ao ver a água cair,
só me falta a cascata do teu amor subir!
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Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
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O Porto está perdendo gente,
Dele muitos saíram,
O Porto está perdendo o Oriente
Que outros construíram!
Ruas e ruas desertas!
Lojas e lojas fechadas
E pedras já não despertas
Pelo trabalho nas madrugadas!
Aonde vai a alma do Porto?;
Alma nobre de Portugal!
Sem alma é corpo morto,
Sem vida é mortal!
O Porto será vazio
Se o povo nele não entrar,
Será túmulo, de granito frio
Se povo a ele não voltar!
O Porto está ficando velho,
Precisa dum Porto novo.
Aqui vai meu conselho:
Dêem o Porto ao Povo.
Abram o rio, abram o mar,
Deixem o Povo nele morar.
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
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Vem cá, amor,
quero falar-te duma coisa doce,
como chocolate, que até a ti me trouxe!
Deixa-me olhar bem para ti.
Deixa-me encostar-me a ti.
Deixa-me beijar-te afagar-te,e apertar-te.
Sabes amor,
amar é uma arte!
dizem que também é um impulso,
mas eu quero de ti fazer obra prima,
ser dela escultor, e no final,como milagre,
que todos vejam que és a deusa do amor!
Quero ser teu vaso.
Quero que sejas minha flor!
Vem cá, amor,
quero falar-te duma coisa doce,
como chocolate, que até a ti me trouxe!
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Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
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POEMA SECRETO
Há um poema secreto,desde o Big-Bang,
desde que Deus registou sua identidade,
cada verso está em cada estrela,
em cada planeta,
as rimas são em constelações,
os versos andam por aí,
secretos, dispersos,
e formam teoremas, infelizmente,
à Terra não chega luz suficiente,
para lermos esse poema secreto,
apenas se olha para as estrelas,
para a Lua,
para outros planetas,mas,
para para ler esse poema secreto,
continuamos ceguetas!
não temos luz!
embora,
não falte quem se julgue iluminado,
mas não passa duma sombra,
que na sombra tomba, por certo,
e o poema continua secreto!
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Autor deste original e inédito;
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
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A NOITE VALE MAIS QUE O SOL
Quantas vezes nasceu o Sol antes de mim?
Estará a ficar cansado?
Então nasci eu!
Mas ao Mundo dei mais claridade?
Acho que não.
Porque em cada passo faço sombra no chão,
Que varia durante o dia!
Mas se eu sou como o Sol,
Que a outros faz sombra!
O Sol dá o desgosto
De quando bate de frente
Faz sombra ao lado oposto!
Gosto mais da irmã do dia;
A Noite,
Que é mais democrática,
Mais igualitária,
A todos dá sombra, a rodos,
E sendo preta
Não realça nenhuma silhueta!
É mais pacífica,
É mais para dormir!
O dia é mais vaidoso;
Faz sorrir se o Sol na vida nos bate de frente,
Mas é cruel se até nos tira a pele!
Mas o Sol tem menos valor do que a noite;
A noite tem a Eternidade,
O Sol, apenas esporádica claridade!
Não sei se vos iluminei
Para a noite que vos espera!
Além do mais,
É na noite que há a vida eterna!
Autor:Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
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PALCO
Quando surjo no palco da vida,
o espectador fica expectante,
não sabe se sou actor principal,
palhaço ou figurante!
Quando rio não faço rir,
quando choro não me levam a sério,
não sabem se sou tenor
ou menino de coro!
A vida é um palco.
o resto é maquilhagem,
com muito,
muito pó de talco!
Nem sempre um fidalgo,
-com muito pó de talco-
que vai em rica carruagem
iguala do cavalo a linhagem!
A vida é um palco,
com muito, muito pó de talco!
Silvino Taveira Machado Figueiredo
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