FOGO NAS ALMAS!
No Verão,
Altura do; dos seus espetáculos,
O Inferno monta seu cenário
Com grande boca de cena,
Donde, altas
E compridas línguas de fogo
Devoram revoltados expectadores;
Transformados em atores
Com reais gritos de dores!
Mas a tragédia prossegue!
Quem a impede?
O Inferno é fogo que arde,
Queima, derrete tudo que aparece!
Os anjos querem-no arrefecer
Com baldes de água, de mangueiras
E até com água,
Vinda com asas do céu,
Mas, grande é a boca de cena,
Onde ocorre a tragédia nacional,
Do Inferno em Portugal!
O Inferno tudo condena e mata:
Casas, florestas inteiras,
Bombeiros e bombeiras;
Atores heróis principais
Da tragédia nacional
Deste ano e d’outros mais
Do ver arder Portugal!
No final,
Depois dos anjos
Terem saído de suas camas
E o ”inferno” apagado,
Só ouvem preces e um obrigado!
Não será pouco?
Nosso fogo
na alma fica apagado
ou arde mais um pouco?
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-buraque)
Gondomar
Nota: Dedicado aos Bombeiros de Portugal.
(Eu sou sócio dos bombeiros, e tu?)