FIO DE LUZ
Fiquei preso a um fio de luz,
Que me amarrou ao azul
Com um nó verde,
Ficando amarelo
Com o castanho do outono!
Eu pertencia a mim,
O fio azul, sem dono,
Levou-me,
Escondeu-se atrás do cinzento,
Não me largando!
O azul é bonito,
Mas, também satura!
Foi quando um raio
Cortou o nó verde,
Que me soltei do azul
E caí no castanho da terra,
Que também satura!
Por isso, d’outra cor da vida,
Ando à procura,
Que me amarre enquanto não satura!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar